segunda-feira, 14 de março de 2011

Um Dia...

E então, um dia você acorda e percebe que tudo está diferente. Estranhamente feliz, em meio a uma confusão de pensamentos.
Algo novo, que chega, invade e bagunça tudo. Você filma uma situação, tira suas conclusões e forma sua opnião sobre tudo aquilo, segura de que está certa. Ilusão. Está tudo errado, e isso fica muito claro a cada detalhe. E aí a confusão se arma de vez. E se arma a tal ponto, que o errado começa a tomar o lugar do certo. Dá pra entender o tamanho da confusão? Pois é.
Mas isso não é sentido como ruim. Muito pelo contrário, é bom, estranhamente bom. Por que, você não sabe. Você dá cambalhotas internas na tentativa de fazer com que as coisas voltem aos lugares "certos"...em vão.
E aí, o que que você faz?
Você liga o foda-se, estranhamente feliz...



Angela Becker

sábado, 12 de março de 2011

ESSA TAL "EDUCAÇÃO"...

Tenho o hábito de refletir sobre tudo que leio, principalmente frases prontas que se encontram escritas nos mais diversos lugares. Certa vez li uma delas com a seguinte advertência: "minha educação depende da tua!” Me coloquei a imaginar qual seria o conceito de educação para quem pensa dessa forma. Se nossa educação dependesse dos outros, certamente seria tão instável quanto à quantidade de pessoas com as quais nos relacionamos. Ademais, se assim fosse, não formaríamos jamais o nosso caráter. Seríamos apenas o resultado do comportamento de terceiros. Refletiríamos como se fôssemos um espelho.
Por se tratar a educação de um conjunto de hábitos adquiridos, como fica a nossa educação se refletir tão somente o comportamento dos outros como uma reação apenas?
O verdadeiro caráter é forjado na luta, na luta por dominar as más tendências, por não revidar uma ofensa, por retribuir o mal com o bem.
Quando indagados sobre o que achamos de pessoas ditas má educadas, logo reprovamos tal comportamento, então se não aprovamos, porque as imitamos?
Nossa educação não deve jamais depender da educação dos outros, menos ainda da falta de educação dos outros.
Não nos espelhemos nos que não são modelos nem de si mesmos. Construamos o nosso caráter com os exemplos nobres.
“As rosas, mesmo com as raízes mergulhadas no estrume, se abrem para oferecer ao mundo o seu inconfundível perfume.”
Assim, nós também podemos dar exemplos dignos de serem imitados.



Luh Pietra...

sexta-feira, 11 de março de 2011

Heróis ou vilões?!

"Meus heróis morreram de overdose!"
Quem não ouviu ao menos esse pedacinho de uma das muitas músicas de sucesso de Cazuza?
Acho que por influência da mídia, canções como essa se tornaram um hino de uma geração, onde a insatisfação com os governantes era motivo de crítica ferrenha por parte de cantores, artistas, enfim, toda uma classe de pessoas que lutavam contra as ditaduras sociais... mas na minha humilde opinião, uma canção que exalta viciados em drogas não pode ser referência para ninguém, muito menos para nossos filhos.
Há de se exaltar a luta contra as injustiças sociais e a censura, que durante muito tempo esteve no comando do país, mas em nenhum momento devemos dar créditos a pessoas pelo uso de coisas que são prejudiciais à saúde e à estabilidade das famílias.
Eu tive um grande amigo que morreu dessa forma triste, de overdose, acompanhei todos os instantes da luta dele e da mãe para que isso tivesse fim, assim como dos jovens que viviam frequentando com ele locais onde a droga era usada sem limites. E o fim foi o de muitos jovens no mundo atual, a morte tão jovem, deixando um buraco em famílias e desestruturando vidas. 
A vida de Cazuza talvez tenha servido de alerta para muitos jovens e para muitas famílias, mas não foi um exemplo em nenhum momento de coisas a serem seguidas. Heróis não são pessoas que utilizam de drogas para vencerem situações políticas, sociais ou financeiras. Heróis são pessoas que têm no exemplo o modo de vida, ensinam sim nossas crianças e jovens ficarem livres de coisas que podem interromper uma vida de sucesso e feliz ao lado de quem se ama.
Por isso, antes de gritar aos quatro cantos canções assim, pense muito antes, reflita e veja se realmente elas ajudam no desenvolvimento de nossas famílias. Um poeta da música pode sim estar na gente, nos fazer sentir coisas boas, mas também pode estimular o crescimento cada vez maior de dependentes químicos, destruindo sonhos e famílias inteiras. Se seus heróis morreram de overdose, com certeza você deve escolher melhor quem você considera um herói, não acha?


André Carim

quinta-feira, 10 de março de 2011

EM NOME DA “BELEZA”

A cada dia que passa vemos mais e mais a luta desenfreada de homens e mulheres na busca do “corpo perfeito”. Coisa que até então só se percebia no sexo feminino. 
Em nome de um conceito de beleza que se enquadre aos padrões sociais, homens e mulheres entram cada vez mais em conflitos psicológicos buscando insaciavelmente a “perfeição”. 
Certa vez li num artigo de Isaías Malta, algo dizendo que nos perfis das usuárias de redes de relacionamento é possível constatar quase que exclusivamente dois grandes grupos de estereótipos: Morena de olhos verdes e Loira de olhos azuis. Daí a pergunta: Onde estão as baixinhas, feias, cabelo ralo, velhas, gordas e de olhos pretos? Certamente não se enquadraram porque suas características não atenderam aos estereótipos exigidos.
Mas o que encontramos por detrás disso senão todo um marketing injetado pela sociedade de consumo?
Em nome de cabelos hidratados, longos, lisos ou cacheados, das mais diversas cores e das mais variadas marcas de tinturas, veiculadas por essa ou aquela modelo, atriz de novela ou integrante de um reality show, mulheres não medem esforços em adquirir esse ou aquele produto, independente de seu valor monetário. 
A busca pelo bumbum perfeito, seios grandes e arrebitados, lábios carnudos e corpo delineado, abarrotam clinicas de estética e academias.
Tudo parece tão perfeito e tão normal, não fosse a saúde muitas vezes deixada de lado. Quero ser magra, não vou comer quase nada, então emagreço a toque de caixa. Que se danem as vitaminas, proteínas e carboidratos que meu corpo precisa pra sobreviver. Preciso ficar bronzeada, na cor do verão, quanto mais tempo me expor aos raios do sol, mais morena ei de ficar.
Diga-se de passagem, que: “O tipo de câncer mais incidente no Brasil é o de pele, diretamente causado pela estética do corpo bronzeado, que provém do estereótipo da abominação ao corpo descolorido.”
Cabe, portanto uma séria reflexão diante de tudo que lemos e vemos sobre “beleza”. A verdade é que as pessoas deixaram de dar importância ao que é realmente importante: a família, os amigos, a saúde, o conhecimento.
“Quem tem bastante no seu interior, pouco precisa de fora!” – Johann Goethe.



Luh Pietra...

quarta-feira, 9 de março de 2011

Vamos dar um tempo?!

Quem nunca escutou essa frase da pessoa que se ama pode se considerar com sorte... ou não. O que quero dizer é que, quem nunca pediu um tempo ou escutou a tão temida interrogativa, deu a sorte de um relacionamento estável e sem dúvidas, ou simplesmente é adepto, assim como eu, de que não existe esse "tempo" para uma relação. O pedido de "dar um tempo" pode ser interpretado de duas formas, como a pessoa necessita realmente desse tempo para colocar os sentimentos e a vida em ordem... ou como não se tem certeza do que realmente sente. Eu, ao contrário de muitos, fico com a segunda hipótese, afinal, se não houver assim um motivo forte que demonstre a necessidade de se dar esse tempo, com certeza os sentimentos que achávamos que tínhamos pela pessoa que está conosco, não são reais, não são verdadeiros. Afinal, tempo para que? Para que os dois possam experimentar outras situações para se ter a certeza do amor que sentem? Sempre que alguma mulher me pedia esse tempo eu simplesmente não aceitava, e digo porque... quem tem certeza dos seus sentimentos não precisa de um tempo para descobrir o que sente, a pessoa sabe, talvez não queira admitir ou tenha medo de alguma coisa que impede continuar a relação. O que tenho visto com frequência é que as mulheres terminam um relacionamento em que amam demais por querer mais do homem, esperar algo mais sério, e quando isso não acontece, terminam com o intuito de estimular ele a reformular os conceitos sobre a relação. Outras tantas vezes acontece de haver perda de confiança, e mesmo tendo todo amor do mundo pelo homem com o qual construiu sonhos, vem o pedido de tempo, para pensar e ver se realmente vale a pena continuar numa relação onde as brigas e desconfianças tomaram conta e o diálogo já se tornou impossível.
Mas insisto na idéia de que quando alguém te pede um tempo para pensar é porque realmente não se tem certeza dos sentimentos. Posso estar errado, e o ser humano é único, então, pode sim haver outros motivos que levem a esse pedido. Mas seria tão mais fácil os dois juntos encontrarem soluções para esse amor que nasceu um dia forte, intenso, mas que aos poucos foi esfriando e se tornando um peso para os dois. Mas uma coisa é certa, se chegar o dia que qualquer problema rotineiro seja motivo para ficarem emburrados, que a presença do outro começa a incomodar, certamente é hora de conversarem muito sobre isso. E se decidirem se dar esse tempo, lembre-se de uma coisa: o tempo é para os dois, e isso pode selar definitivamente o fim da relação. O ser humano é regido pelo princípio do prazer, já dizia Freud, e quando não há mais prazer em se estar junto, o melhor a se fazer é cada um seguir seu caminho. Pode ser que se reencontrem mais a frente, mas pode ser também que um dos dois, ou os dois, venham a encontrar um motivo maior e melhor para viver, é a lei da vida. Portanto, seja qual for a decisão que tomem, não deixem de acreditar no amor, e no que ele pode fazer por você.


André Carim

terça-feira, 8 de março de 2011

Ego...

Tem pessoas que realmente se acham... e nisso... se perdem...
Há momentos na vida da gente que deparamos com uma certa figura, se apresenta amiga, carinhosa, presente, mas não bate aquela química, e por um desses motivos que não tem muita importância, a gente não leva adiante o sentimento, não é recíproco.
Só que tem um pequeno, mas importante, detalhe... a pessoa não aceita que não seja assim tão irresistível, e continua insistindo em algo que no geral só foi importante para ela. Até aí, tudo bem, normal, ninguém deve mesmo desistir do que quer, de quem se gosta, sem lutar por isso. A busca sadia pelo amor desejado, pela pessoa que nos completa é fundamental, não devemos nunca abrir mão daquilo que desejamos sem lutar por isso. Só que tem o momento certo de parar, pensar, ver se realmente isso está fazendo bem... ou mal.
Mas infelizmente existem pessoas que levam isso até os limites da maldade, perseguem, infernizam, e quando veem que nada mais faz com que o objeto do desejo se sensibilize, parte para a invasão da privacidade... e se essa pessoa estiver amando, tiver alguém especial por quem está interessado, isso é munição para um ataque.
É a velha idéia do "se não ficar comigo, também não ficará com ela (ele)... e daí um caos na vida de todos se forma, e é triste que uma pessoa que diz amar tanto assim possa estragar a vida de outra pelo simples fato de não saber perder. Temos dentro de nós sim dois lados, o ruim e o bom, e nem sempre conseguimos discernir qual dos dois é mais forte e qual está agindo no momento. No final não há vencedores, todos perdem, principalmente quem interferiu na vida da pessoa que mais ama... mas é assim o ser humano, e você, o que é mais importante: ganhar ou ser feliz?


André Carim

SUPERIORIDADE X FRAGILIDADE

Considerando-se que relações interpessoais podem ser definidas como todo e qualquer contato entre pessoas, conclui-se que esses contatos ocorrem entre indivíduos em diferentes circunstâncias e em diferentes espaços.
As pessoas necessitam umas das outras. Relacionando, se comunicam e se expressam através das mais diversas formas seus conhecimentos, idéias, crenças e emoções.
“Relacionar é dar e receber ao mesmo tempo, é abrir-se para o novo é aceitar e fazer-se aceito, buscar ser entendido e entender o outro. A aceitação começa pela capacidade de escutar o outro, colocar-se no lugar dele e estar preparado para aceitá-lo em seu meio.”
Cada um de nós possuiu nossa própria identidade, e mesmo existindo semelhança entre as pessoas, jamais seremos idênticos, isso caracteriza-se pelo que chamamos de caráter.
Considerando que ética, enquanto filosofia é o estudo da conduta humana, ela envolve os estudos de aprovação e desaprovação da ação dos homens. Me veio à mente a reflexão de que a cada dia nos deparamos com mais e mais pessoas que necessitam mostrar uma superioridade EXTERNA para esconder uma FRAGILIDADE interna. 
Um dia um grande amigo escreveu sábias palavras: “Existe uma preocupação imensa de conquistar a aceitação e a aprovação dos outros, dos grupos aos quais se pertence. Parece valer muito mais a imagem que se passa ou que “é preciso” passar do que aquela que corresponde à essência de nós mesmos.”

Daí concluímos que mais importante é sermos aparentemente pequenos, assim como as abelhas, que mesmo pequenas, produzem o que de mais doce existe, do que sermos pessoas com muito verniz e pouca raiz.

Luh Pietra..