quinta-feira, 10 de março de 2011

EM NOME DA “BELEZA”

A cada dia que passa vemos mais e mais a luta desenfreada de homens e mulheres na busca do “corpo perfeito”. Coisa que até então só se percebia no sexo feminino. 
Em nome de um conceito de beleza que se enquadre aos padrões sociais, homens e mulheres entram cada vez mais em conflitos psicológicos buscando insaciavelmente a “perfeição”. 
Certa vez li num artigo de Isaías Malta, algo dizendo que nos perfis das usuárias de redes de relacionamento é possível constatar quase que exclusivamente dois grandes grupos de estereótipos: Morena de olhos verdes e Loira de olhos azuis. Daí a pergunta: Onde estão as baixinhas, feias, cabelo ralo, velhas, gordas e de olhos pretos? Certamente não se enquadraram porque suas características não atenderam aos estereótipos exigidos.
Mas o que encontramos por detrás disso senão todo um marketing injetado pela sociedade de consumo?
Em nome de cabelos hidratados, longos, lisos ou cacheados, das mais diversas cores e das mais variadas marcas de tinturas, veiculadas por essa ou aquela modelo, atriz de novela ou integrante de um reality show, mulheres não medem esforços em adquirir esse ou aquele produto, independente de seu valor monetário. 
A busca pelo bumbum perfeito, seios grandes e arrebitados, lábios carnudos e corpo delineado, abarrotam clinicas de estética e academias.
Tudo parece tão perfeito e tão normal, não fosse a saúde muitas vezes deixada de lado. Quero ser magra, não vou comer quase nada, então emagreço a toque de caixa. Que se danem as vitaminas, proteínas e carboidratos que meu corpo precisa pra sobreviver. Preciso ficar bronzeada, na cor do verão, quanto mais tempo me expor aos raios do sol, mais morena ei de ficar.
Diga-se de passagem, que: “O tipo de câncer mais incidente no Brasil é o de pele, diretamente causado pela estética do corpo bronzeado, que provém do estereótipo da abominação ao corpo descolorido.”
Cabe, portanto uma séria reflexão diante de tudo que lemos e vemos sobre “beleza”. A verdade é que as pessoas deixaram de dar importância ao que é realmente importante: a família, os amigos, a saúde, o conhecimento.
“Quem tem bastante no seu interior, pouco precisa de fora!” – Johann Goethe.



Luh Pietra...

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