quarta-feira, 9 de março de 2011

Vamos dar um tempo?!

Quem nunca escutou essa frase da pessoa que se ama pode se considerar com sorte... ou não. O que quero dizer é que, quem nunca pediu um tempo ou escutou a tão temida interrogativa, deu a sorte de um relacionamento estável e sem dúvidas, ou simplesmente é adepto, assim como eu, de que não existe esse "tempo" para uma relação. O pedido de "dar um tempo" pode ser interpretado de duas formas, como a pessoa necessita realmente desse tempo para colocar os sentimentos e a vida em ordem... ou como não se tem certeza do que realmente sente. Eu, ao contrário de muitos, fico com a segunda hipótese, afinal, se não houver assim um motivo forte que demonstre a necessidade de se dar esse tempo, com certeza os sentimentos que achávamos que tínhamos pela pessoa que está conosco, não são reais, não são verdadeiros. Afinal, tempo para que? Para que os dois possam experimentar outras situações para se ter a certeza do amor que sentem? Sempre que alguma mulher me pedia esse tempo eu simplesmente não aceitava, e digo porque... quem tem certeza dos seus sentimentos não precisa de um tempo para descobrir o que sente, a pessoa sabe, talvez não queira admitir ou tenha medo de alguma coisa que impede continuar a relação. O que tenho visto com frequência é que as mulheres terminam um relacionamento em que amam demais por querer mais do homem, esperar algo mais sério, e quando isso não acontece, terminam com o intuito de estimular ele a reformular os conceitos sobre a relação. Outras tantas vezes acontece de haver perda de confiança, e mesmo tendo todo amor do mundo pelo homem com o qual construiu sonhos, vem o pedido de tempo, para pensar e ver se realmente vale a pena continuar numa relação onde as brigas e desconfianças tomaram conta e o diálogo já se tornou impossível.
Mas insisto na idéia de que quando alguém te pede um tempo para pensar é porque realmente não se tem certeza dos sentimentos. Posso estar errado, e o ser humano é único, então, pode sim haver outros motivos que levem a esse pedido. Mas seria tão mais fácil os dois juntos encontrarem soluções para esse amor que nasceu um dia forte, intenso, mas que aos poucos foi esfriando e se tornando um peso para os dois. Mas uma coisa é certa, se chegar o dia que qualquer problema rotineiro seja motivo para ficarem emburrados, que a presença do outro começa a incomodar, certamente é hora de conversarem muito sobre isso. E se decidirem se dar esse tempo, lembre-se de uma coisa: o tempo é para os dois, e isso pode selar definitivamente o fim da relação. O ser humano é regido pelo princípio do prazer, já dizia Freud, e quando não há mais prazer em se estar junto, o melhor a se fazer é cada um seguir seu caminho. Pode ser que se reencontrem mais a frente, mas pode ser também que um dos dois, ou os dois, venham a encontrar um motivo maior e melhor para viver, é a lei da vida. Portanto, seja qual for a decisão que tomem, não deixem de acreditar no amor, e no que ele pode fazer por você.


André Carim

2 comentários:

  1. Vim conferir teu espaço e aceitar teu convite sim. Gostei muito do que vi aqui. A respeito desse tema em questão, tua opinião foi perfeita. Parabéns. bjs.

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  2. Oi Gil, seja bem-vinda ao espaço... esperamos que esteja sempre por aqui, e que nos brinde com algum texto seu... só mandar prá mim que eu posto, o prazer será todo nosso, bjim procê

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